Dicas para aprender outras línguas – parte 4

Página oficial sobre visto para estudos no Canadá – www.cic.gc.ca

Como estudar língua estrangeira? No Brasil ou no exterior? Aula particular, estudar sozinho ou em cursos formais de língua? Esse é mais um post da série “dicas para aprender outras línguas”. Essa é parte 4. Se você não viu as partes anteriores clique aqui. Também gostaria de lembrar que incluímos recentemente uma nova pesquisa sobre esse assunto, você pode acessar ao lado (se sua tela é grande) ou embaixo (nos celulares).

6. Como estudar

Algumas pessoas me perguntam qual é a melhor maneira de estudar línguas, quando se pensa em morar no exterior. A resposta é meio pessoal, a minha experiência foi em cursos tradicionais voltados para imigração e muito trabalho de casa. Depois de chegar no Quebec acabei estudando muito pouco de línguas e o que eu aprendi aqui foi na prática, o que nem sempre funciona para todos.

Mas quais são melhores opções? Estudar sozinho ou em escola? No Brasil ou no exterior? Vou fazer uma lista e comentar prós e contras, infelizmente não passei por todas as experiências, portanto comente se você tiver ideias para complementar o post.

Escola tradicional de línguas

A pouco tempo atrás só existia um meio de aprender língua estrangeira: a escola de línguas e as grandes redes de escolas de inglês e francês estão presentes por todo o Brasil. Em alguns casos o governo do Quebec reembolsa parte das despesas de estudo de francês caso seja feita numa instituição conveniada.

Prós:

  • Geralmente o material usado por essas escolas é muito bom, professores também;
  • Infra-estruturas de apoio: bibliotecas, videotecas, salas de estudo, testes de nivelamento e simulados, etc;

Contras:

  • As boas escolas são caras.
  • O avanço pode ser muito lento principalmente se a turma não tiver motivação em alta, ou seja, você fica preso ao ritmo da classe ou do método;

Aula particular

Uma opção que funcionou para mim no começo do francês e quando precisei dar um gás no meu inglês, já em Montreal, foi a aula particular. Se o custo for muito alto existem alternativas, como juntar um grupo pequeno e fazer aula “particular em grupo” ou fazer jumelagem, uma troca onde você ensina português pra alguém e este ensina a língua estrangeira para você.

Com uma professora particular em um grupo de 6 pessoas, nós terminamos o francês básico em três meses de semi-intensivo (total de 120 horas). Isso só foi possível com muita dedicação, uso de ferramentas na internet e a professora particular.

Prós:

  • Você pode conduzir a aula ao encontro das suas dificuldades e para os seus objetivos específicos;
  • Maior dedicação do professor a você, aproveitando melhor o tempo e acelerando resultados;

Contras:

  • O preço tende a ser mais caro, mas existem alternativas como visto acima;
  • Exige maior motivação, pois você não tem a turma pra te “puxar”;

Autodidata

Cursos do tipo “aprenda inglês sem sair de casa em 20 fascículos” sempre existiram. Mas com o advento da Internet a coisa começou a ser mais acessível e completa. Software de aprendizado, sites para intercâmbio como outros estudantes e com nativos e vários recursos online tornaram a missão de aprender sozinho possível.

Prós:

  • Você dita o seu ritmo;
  • Custo baixo;

Contras:

  • Consome muito mais tempo do que se pensa;
  • Não é todo mundo que consegue;
  • Se você aprender algo errado, o erro pode se solidificar antes de que alguém você venha a te corrigir;
  • Exige muita disciplina;

6.1. Estudar no Brasil ou no exterior

Vale a pena passar um mês ou dois estudando inglês ou francês em Montreal? Outra pergunta difícil de responder. Geralmente a oportunidade de imersão, mesmo que por um mês, é fantástica. Mas não é fácil obter os recursos financeiros e o tempo necessário para fazer isso. Eu não tive a oportunidade de fazer essa imersão, mas percebo alguns fatores que podem ajudar ou prejudicar a experiência:

  • Ficar cercado de brasileiros – é comum você fazer amizades com outros brasileiros durante uma viagem de estudos, mas falar português o tempo todo ou limitar-se a ficar acompanhado apenas de brasileiros vai eliminar o efeito da imersão; já que você viajou para outro país, viva o outro país, misture-se com locais e outros estrangeiros, e acima de tudo fale apenas a língua que você quer aprender.
  • Viajar para estudar o nível básico –  esse é outro erro comum, como você pode se misturar com a comunidade local se ainda está aprendendo o básico da língua? Se você vai investir numa viagem ao exterior, aprenda o básico ainda no Brasil para poder obter o máximo da sua experiência de imersão;
  • Cuidado com os bilingues – esse é um problema típico de Montreal, você quer aprender francês mas o atendente da loja insiste em te atender em inglês. Ou você vem aprender inglês e percebe que todo mundo fala francês na rua. A dica é: para aprender inglês em Montreal, frequente as regiões anglófonas (centro / oeste) e insista em falar inglês. Para aprender francês, invoque a lei 101 e exija atendimento em francês!

Se você quer vir estudar inglês ou francês em Montreal saiba que:

  • Para cursos de até 6 meses não é preciso visto de estudante o visto de turismo é suficiente;
  • Para cursos de mais de 6 meses é preciso pedir um visto de estudante (clique na imagem no início do post para ver os requisitos oficiais);
  • O processo de obtenção de visto é mais simples que o dos EUA e geralmente pode ser feito sem ajuda de um despachante;
  • Em Montreal existem várias escolas de línguas de bom nível, também é possível estudar em colleges e universidades;
  • Algumas escolas de línguas te ajudam no processo de obtenção do visto e na estadia;

Algumas opções de escolas de línguas em Montreal – o artigo fala de escola de francês mas a maioria oferece também aulas de inglês.

http://www.mtlblog.com/2014/03/10-places-to-easily-learn-french-in-montreal/

 

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