Canal Rideau

A patinação no gelo é uma excelente atividade para se fazer no inverno. E se é para patinar então que seja na maior pista de patinação do mundo! Nem mais nem menos. Ok, então vamos lá!

O destino é Ottawa – capital do Canadá, eh – a 200 km de Montreal, uma cidade muito bonita e cheia de atrações turísticas. Mas, infelizmente, nós só vimos o parlamento pela janela do carro e o resto ficou para a próxima visita, afinal o objetivo é patinar. Existe um canal que corta a cidade de Ottawa chamado Canal Rideau, que no inverno se torna uma imensa pista de patinação com 8 quilômetros de comprimento.

A viagem de ida foi bem tranqüila – o difícil sempre é acomodar as crianças e as tralhas no carro – depois foi só curtir a paisagem… branca. Chegando lá, estacionamos perto do parlamento, onde há um prédio de escritórios que fornece estacionamento grátis no fim de semana. Isso mesmo, grátis! De lá caminhamos até o marco zero do Canal Rideau.

Achei impressionante a estrutura montada para os patinadores. As escadas para descer até o leito congelado do canal estavam revestidas de borracha – para preservar as lâminas dos patins – e vários bancos foram colocados para você calçar os seus patins. Ao longo do canal, vários chalés montados oferecendo todo o tipo de serviço: aluguel de patins, banheiros, comida e até um local para se aquecer, se você estiver precisando. A comida e o aluguel de patins são pagos, o resto é grátis.

Patins de Hockey

Patins artístico

No começo é preciso de acostumar com o gelo, pois um rio congelado não é tão liso quanto um rink de shopping ou como uma arena de hockey. Mas logo agente se acostuma com as irregularidades do gelo e com a neve acumulada. É muito mais fácil se vc usa patins de hockey, pois as lâminas de patinação artística tem aquelas garras na frente que podem enganchar em alguma saliência do gelo.

Será que ninguém pega?

O próximo desafio é descobrir qual é o limite de cada um. Alguns dos nossos amigos cobriram 16 km percorrendo toda a pista, ida e volta. Para minha filha o limite foi quase 2 km e em alguns momentos ela foi guinchada. Para o meu filho foi 50 metros, devidamente amparado pelo pai, nesse caso o limite foi minha coluna, afinal não é fácil patinar abaixado segurando uma criança que não consegue ficar em pé no gelo. A saída foi alugar um trenó, que além de carregar as crianças, ainda serviu de apoio para ajudar no equilíbrio e também para levar as botas.

A questão das botas é um capítulo a parte. O que fazer com as botas, após colocar os patins? Não encontramos nenhum serviço de locação de armários, mas como bons imigrantes, resolvemos prestar atenção no que os locais fazem. Pois bem, eles deixam as botas embaixo do banco ou num cantinho, e pronto! Confiança total. Nós que somos brasileiros, não conseguimos ainda ter esse nível de confiança – levamos as botas no trenó.

Pausa para se esquentar

Enfim, patinamos alguns metros – 2500 metros na verdade – acelerando o passo para alcançar alguns amigos mais adiantados. E após chegar lá, bateu uma certa fome. Sem problema, pois no meio do gelo tinha uma barraquinha de cachorro-quente. E mais! Com a opção de salsicha vegetariana. A parada para comer deixou as crianças com frio, mas logo ao lado da pista tinha um chalet aquecido para esquentar os ossos. Antes de fazermos o caminho de volta ainda deu tempo de fazer alguns vídeos e tirar fotos.

Na volta pra casa, pegamos uma pequena nevasca na estrada, mas nada que um pouco de direção defensiva não resolva. Saldo do dia: todos felizes com o passeio, crianças cansadas capotando na cama – o que não é muito normal aqui em casa. O placar de tombos: Sandro 2 x Adriana 0.

Fotos e vídeos

Atenção, se você fica enjoado com facilidade, não assista aos vídeos. 🙂

Veja também: http://dobrasilaoquebec.blogspot.com/2011/02/patinando-em-ottawa.html