Depois de fingir que dormimos durante o vôo chegamos ao aeroporto JFK em Nova Iorque para a nossa conexão. Nós que nunca tínhamos pisado em NY conhecemos a cidade por cima e por dentro do aeroporto.
O vôo chegou um pouquinho adiantado, sim isso acontece, e a missão parecia simples: 1h50 para embarcar no próximo vôo NY – Montreal. Mas ainda era preciso passar pelo terrível monstro da fila da imigração.
Para começar com o pé esquerdo, não pudemos descer do avião até que os guichês da imigração estivessem abertos, as 7h, e depois fomos os últimos a desembarcar do avião, também com quarenta malas de mão e duas crianças semi-acordadas era difícil se locomover. Mas nós pensamos que a fila não ia demorar muito. Demorou.
Em primeiro lugar um aviso, nos EUA não tem essa de dar preferência para que está com crianças pequena. Você tem filhos? Se vira! Então ficamos na fila até chegar a nossa vez. Ainda teve um avião que chegou da argentina (sempre eles) que engrossou a fila atrás de nós, não eramos mais os últimos. Mas os funcionários do JFK não respeitam muito a máxima “quem chegou primeiro é atendido primeiro”, e assim que liberaram mais quichês do outro lado do saguão a “guardinha” criou uma outra fila com os que chegaram por último, sim, eles, os argentinos!
Passando a imigração nossa malas estavam lá jogadas, apenas uma quebrou e quebrou feio, paciência. Pagamos um piloto de carrinho para nos ajudar e re-despachamos as malas. Ok, agora só faltava mudar de terminal. Cantarolando o tema do filme Carruagens de Fogo e correndo pelo aeroporto lá fomos nós.
Minha sina com funcionárias da American Airlines continuava, a mulher encrencou que as malas de mão, estavam muito grandes e que eu teria que fechar o ziper do 30% extra das malas. Não adiantou explicar que o avião era pequeno e que não caberia de qualquer jeito e as malas seguiriam no porão junto com o carrinho de bêbe como o rapaz do 0800 me falou. Cala a boca e fecha o ziper da mala! Tá bom!
Passar pelo detetor de metais em NY significa tirar sapato, cinto, marca-passo, obturação do dente: tudo que for metálico. Mas algo ainda apitava em mim, ok era um carrinho de brinquedo do meu filho no meu bolso. Põe o sapato, pega as malas, pega as crianças, oops ouvi meu nome no alto-falante. “Mr. Súza, seu vôo está partindo no portão 34.” Ok, já estava no terminal certo e o portão 34 era… o último.
O tema musical mudou para Missão Impossível e fomos lá, logo a Aninha começou a chorar. Não sei porque toda vez que eu digo: “Corre que o mundo vai acabar” ela chora… Chegamos no portão de embarque e lá estava a funcionária da American Airline falando meu nome errado: “Mr. Súza, a porta do avião fecha em 30 segundos, preciso apenas do seu cartão de embarque e dos passaportes.” Um, dois, três e falta um passaporte. Libera o avião! Achei, está no bolso esquerdo da jaqueta número 3! Segura o avião! Puts cairam todos os documentos no chão e, oh não, sumiu um passaporte de novo (o do Nicolas que é azul da cor do carpete). Libera o avião!
“Tem outro daqui a 5 horas.” Tá bom eu espero.
O pior é que continua…
Dicas para os que vierem depois
- Se tiver uma conexão apertada não fique em fila, fale com o guardinha, com o gerente com a pessoa na sua frente na fila. Se não funcionar, pelo menos você tentou.
- Leve menos bagagem de mão do que o máximo permitido, na hora de atravessar os aeroportos até a sua conexão elas atrapalham e muito!
- Perder a conexão é super comum, então compre um cartão telefônico internacional. É bom para avisar que você perdeu o vôo.